A Golegã, situada na fértil Lezíria do Tejo, no distrito de Santarém, é uma vila com uma identidade profundamente ligada à tradição equestre. Conhecida como a Capital do Cavalo, este concelho respira a cultura do cavalo, que moldou a sua paisagem, as suas gentes e as suas festividades.
As vastas planícies que rodeiam a vila são testemunho de uma rica herança agrícola, onde a relação do homem com a terra e com o animal, em particular o cavalo Lusitano, se manifesta de forma autêntica. Anualmente, em novembro, a Golegã transforma-se num palco vibrante para a celebração equestre, atraindo entusiastas de todo o mundo para uma das mais importantes montras do cavalo.
Para além da sua inegável ligação ao mundo equestre, a Golegã oferece um vislumbre da vida ribatejana tradicional. A vila possui um património cultural que reflete a sua história, com destaque para a Casa-Estúdio Carlos Relvas, um espaço que perpetua o legado deste pioneiro da fotografia e artista equestre, oferecendo uma perspetiva única sobre a vida e as tradições locais. Ao passear pelas suas ruas, sente-se a tranquilidade de uma terra onde as tradições são valorizadas e preservadas, convidando à descoberta de uma autenticidade rural e cultural.
Sabores autênticos que contam a história da nossa terra
Um prato tradicional da região do Ribatejo, especialmente apreciado nas zonas ribeirinhas do Tejo. Prepara-se com enguias frescas, batatas e pão de rala ou frito, e é aromatizado com coentros, alho e azeite, refletindo a riqueza dos rios e zonas húmidas do território.
As migas são um acompanhamento robusto e versátil, comum na cozinha rural ribatejana. Feitas à base de pão de trigo ou milho, alho e azeite, são tradicionalmente servidas com entrecosto frito ou assado, refletindo a simplicidade e o sabor dos produtos da terra e da carne de porco.
Um clássico da gastronomia portuguesa, com forte presença no Ribatejo. O pato é cozinhado lentamente, desfiado e depois incorporado no arroz, que é levado ao forno para finalizar, muitas vezes coberto com rodelas de chouriço. É um prato que evoca a abundância e a tradição das quintas da região.
A famosa Sopa da Pedra, embora tipicamente associada a Almeirim, é um prato emblemático do Ribatejo e consumido também na Golegã. É uma sopa farta e substancial, com feijão, batata, couve e várias carnes de porco (chouriço, entrecosto, toucinho), com uma pedra no fundo da panela, em alusão à lenda da sua origem. Representa a hospitalidade e a tradição rural da região.
Um doce tradicional e característico da Golegã. São pequenas broas secas, à base de farinha, ovos e açúcar, geralmente cobertas com uma fina camada de açúcar em glacê. Simbolizam a doçaria conventual adaptada aos sabores e ingredientes locais, sendo um deleite popular nas festividades da vila.
