Salvaterra de Magos, concelho situado no coração do Ribatejo, destaca-se pela sua paisagem característica de lezíria e pela forte ligação ao rio Tejo. A tradição equestre e a criação de gado bravo moldam a identidade desta terra, refletindo-se na vida quotidiana e nas suas manifestações culturais.
A história local é marcada pela presença da Falcoaria Real, um edifício singular que remonta ao século XVIII, outrora dedicado à arte da falcoaria real. Este espaço evoca uma prática ancestral e a ligação da realeza portuguesa à região.
A envolvente natural oferece cenários amplos, ideais para a observação da avifauna, especialmente nas zonas húmidas próximas do estuário do Tejo, onde diversas espécies de aves migratórias encontram refúgio. A vastidão da lezíria, com os seus campos abertos, convida a um contacto direto com a natureza e com a herança rural que define este território. A autenticidade das gentes e a riqueza das tradições locais completam a experiência de quem visita Salvaterra de Magos.
Sabores autênticos que contam a história da nossa terra
Este prato tradicional reflete a ligação do concelho ao rio Tejo. O sável, um peixe de rio, é habitualmente frito e servido acompanhado por uma açorda cremosa, preparada com as ovas do próprio peixe, pão, alho, coentros e azeite. É um prato que evoca os sabores genuínos da lezíria e da cozinha ribatejana.
As enguias, outro peixe abundante nas águas ribatejanas, são confecionadas de diversas formas. São populares fritas, resultando num petisco crocante e saboroso, ou em ensopado, onde o peixe é cozinhado num molho rico com pão e condimentos, revelando a tradição gastronómica ligada aos produtos do rio.
As migas são um pilar da gastronomia ribatejana, confeccionadas com pão de véspera desfeito e salteado com alho e azeite, por vezes com couve cozida. Tradicionalmente servidas como acompanhamento de carne de porco, como o entrecosto frito, representam a culinária rural e a valorização de ingredientes simples, mas nutritivos.
Um doce tradicional da região, os Torrões de Mel são confecionados com amêndoas, açúcar e mel, resultando numa barra crocante e adocicada. A sua receita remonta a tradições antigas e é um exemplo da doçaria popular do Ribatejo, utilizando ingredientes simples e locais.
